O Senado aprovou um projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil mensais e introduz impostos mínimos para altas rendas. O texto, relatado por Renan Calheiros, também cria descontos regressivos para rendimentos de até R$ 7 mil. Este projeto, que avança diretamente para a Câmara dos Deputados, é uma atualização de uma proposta de 2019 e coincide com uma proposta semelhante já em tramitação na Câmara, sob relatoria de Arthur Lira. Calheiros acredita que a aprovação deve acelerar a votação na Câmara e beneficia a classe média e baixa.

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) gerou controvérsia ao se referir à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como 'adestrada' durante uma sessão da Câmara. Essa declaração ocorreu no contexto de sua proposta para que deputados licenciados possam reassumir mandatos no exterior, beneficiando Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli, que deixaram o Brasil devido a alegações de perseguição política. A ministra sentiu-se profundamente ofendida e a situação reacendeu tensões, refletindo as polarizações políticas atuais. Evair se defendeu dizendo que sua crítica era sobre o método da ministra e não uma ofensa pessoal.

O líder do Partido Liberal, Sóstenes Cavalcante, protocolou uma proposta de lei que visa aumentar a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para R$ 10 mil. A medida surge após a promessa do governo de elevar a isenção para R$ 5 mil, refletindo a defasagem significativa da tabela do IRPF, que chega a 167,02% entre 1996 e 2024. A nova tabela sugere diferentes alíquotas, começando em 0% para rendimentos até R$ 10 mil e aumentando conforme o rendimento. A proposta também afeta a tributação de aposentadorias de contribuintes acima de 65 anos.